Acusados de matarem jovem em frente ao Shopping Boulevard são condenados a 32 anos de prisão

Fotos: Marcelo Esqueff / Carlos Grevi / Arquivo Pessoal | Fonte: Ururau
Fotos: Marcelo Esqueff / Carlos Grevi / Arquivo Pessoal | Fonte: Ururau

A justiça condenou a 32 anos de prisão, os dois criminosos envolvidos na morte da jovem Elieni da Silva Carvalho, de 23 anos. O crime aconteceu no dia 13 de novembro de 2014. A vítima foi morta durante um latrocínio, em um ponto de ônibus, em frente ao Shopping Boulevard, em Campos. Os acusados foram detidos no mesmo dia do crime, pela Polícia Militar.

A audiência de instrução e julgamento foi realizada pelo juiz da 3ª Vara Criminal, Glaucenir Silva de Oliveira e contou com depoimentos de quatro testemunhas de acusação contra Carlos Riverton Pessanha Carvalho e Horácio Junior Rodrigues de Sousa. De acordo com a sentença, a autoria do crime ficou totalmente comprovada, já que mesmo que os envolvidos não tenham confessado o crime, os mesmos também não negaram a prática do latrocínio. Os dois foram julgados como culpados e cada um pegou 32 anos de detenção em regime fechado.

Em depoimento, uma das testemunhas de acusação, contou que saía do shopping em direção ao ponto de ônibus, momento este que a vítima Elieni já se encontrava no local. Dois jovens passaram pela contramão da rua e retornaram, um dos acusados, Horácio, desceu da moto em que estavam com uma arma em punho e determinou que todos entregassem os celulares.

Ao se dirigirem à Elieni, a mesma teria dito que não poderia entregar os seus pertences, quando o acusado Horácio disparou um tiro no peito da vítima, que logo caiu ao chão. Após o crime os acusados fugiram. A testemunha ainda ressaltou que reconhece sem qualquer tipo de dúvida, os réus como autores do crime.

Ainda em depoimento, a testemunha disse que a vítima só teria gritado quando foi atingida pelos disparos e que somente depois do tiro, o Horácio teria conseguido subtrair a bolsa da vítima.

Um policial militar que participou da busca pelos acusados e da arma do crime, também prestou depoimento e disse que depois que foram informados do crime e sobre a moto utilizada, foram até a comunidade Portelinha, onde receberam a informação de que a moto pertencia a um terceiro envolvido, identificado pela inicial I.

Na casa do suspeito, a chave da moto foi encontrada e uma criança teria aparecido no apartamento, com uma sacola contendo os pertences roubados da Elieni. Na delegacia, o suspeito teria dito que teria emprestado a moto ao Carlos Riverton.

Ainda de acordo com as declarações do policial, após algumas buscas pelos acusados, eles teriam recebido informações de que os autores do crime estariam na comunidade detidos por populares.

Ao serem encontrados, os autores confessaram o ato do crime, onde o Horácio estaria com um revólver calibre 38, com um cartucho deflagrado e o Carlos com uma pistola calibre 9mm. As armas estavam escondidas em um barracão no interior de uma subestação de água. Ainda no local, foi apreendida uma grande quantidade de drogas, onde o mesmo assumiu ser de sua propriedade.

Em sua vez no depoimento, o acusado Carlos Riverton, disse que estava indo ao shopping comprar roupas com o comparsa no carona da moto e que em nenhum momento soube que o companheiro estava armado. Carlos também negou que estaria portando uma pistola calibre 9mm.

Já o acusado Horácio Junior, confessou o assalto às vítimas e que no momento em que a vítima entregou a bolsa, teria colocado a mão na arma e a mesma disparou.

De acordo com o juiz Glaucenir Silva de Oliveira, “não foi a vítima que colocou a mão na arma, mas sim o acusado Horácio que, friamente disparou contra o peito da vítima para possibilitar a consumação do crime”.

 

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