Entre os tantos desafios já existentes na rotina escolar, está posto mais um, o bullying escolar.
É um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica que ocorre repetidamente e intencionalmente e ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas.
Nossa equipe foi até a Escola Maria Firmina, localizada na Rua Emydio Maia Santos, Vilas dos Coroados, conversar com o professor
Wanderson Ferreira, 36 anos que leciona o 5° ano com alunos na faixa etária de 11 a 13 anos de idade. De acordo com o professor, a escola tem uma orientadora pedagógica que oferece suporte aos professores, pais e alunos e recebem o apoio total da Secretaria de Educação de São Fidélis e de profissionais especializados na área.
“Quando este problema acontece os primeiros a serem chamados são os responsáveis pela criança, tanto da vítima quanto do agressor. Antes de todo esse processo o professor deve orientar e saber o que esta acontecendo e conversar com o aluno, as vezes o aluno não faz ideia do que seja o bullying, nós temos que mostrar aos alunos que isso fere as pessoas e temos que trabalhar de maneira preventiva”. concluiu Wanderson Ferreira.
A partir dos casos graves, o assunto começou a ganhar espaço em estudos desenvolvidos por pedagogos e psicólogos que lidam com Educação. Para Gilcinéa Dias Gianes Fratanti, psicóloga do CAEDE (Centro de atendimento especializado da educação) esse tipo de violência tem sido cada vez mais noticiado e precisa de educadores atentos para evitar consequências desastrosas.
É uma das formas de violência que mais cresce no mundo e pode ocorrer em qualquer contexto social como escolas,
universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que a primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.
O bullying sempre existiu, no entanto o primeiro a relacionar a palavra a um fenômeno foi Dan Olwes, professor da Universidade da Noruega, no fim da década de 1970.
Ao estudar as tendências suicidas entre adolescentes, o pesquisador descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que portanto o bullying era um mal a combater.
O aluno que sofre de Bullying ( principalmente aquele não pede ajuda), não enfrenta o medo e a vergonha de ir à escola e pode querer abandonar os estudos, não se acha bom para integrar o grupo e apresenta baixo rendimento . Aqueles que conseguem reagir podem alternar momentos de ansiedade e agressividade para mostrar que não são covardes ou quando percebem que seus agressores ficaram impunes, os alvos podem escolher outras pessoas mais indefesas e passam a provocá-las, tornando-se alvo e agressor ao mesmo tempo.
Como a família pode ajudar:
-Os pais devem estar alertas para o problema, seja o filho vítima ou agressor, pois ambos precisam de ajuda e apoio psicológico
– Mostre-se sempre aberto a ouvir e a conversar com seus filhos
– Fique atento às bruscas mudanças de comportamento
– É importante que as crianças e os jovens se sintam confiantes e seguros de que podem trazer esse tipo de denúncia para o ambiente doméstico e que não serão pressionados, julgados ou criticados
– Oriente que esse tipo de situação não é normal
– Entre imediatamente em contato com a direção da escola e procure profissionais ou instituições especializadas
” Pergunte ao seu filho todos os dias: como foi seu dia? Aconteceu alguma coisa de diferente hoje? Tome iniciativa e lute pela educação do seu filho. ” Declarou Wanderson Ferreira.