Cachorrólatras

Fotos: Divulgação
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Olá pessoal, tudo bem? Na minha coluna dessa semana, abro espaço pra minha querida amiga Carol Lemos falar sobre essa incrível relação do homem com seu “melhor amigo”!

“Quanto mais eu conheço as pessoas, mais eu gosto do meu cachorro. É clichê, mas para mim, é bem assim que funciona. Amo animais, mas sou completamente apaixonada por cachorros. Essas criaturas bem humoradas, companheiras, fiéis, carinhosas, sinceras, em quem não vejo nenhum defeito!!

Tenho uma cachorra, e como a grande maioria dos donos apaixonados, a trato como membro da família. E não dá para ser diferente. É comum entre os donos observar características de humanos (mesmo que imaginárias) nos seus bichinhos e, assim, tratá-los quase que de igual para igual. Essa relação, sendo sã e não passando dos limites do bom senso, me diverte. Minha “filha”, por exemplo, tem um colarzinho que fiz para ela e às vezes passeia por aí desfilando com ele. Ah, e dorme abraçada comigo!

Na praça onde passeamos, os donos de cachorros se conhecem pelos nomes… IMG_10061848681446dos cachorros! Sei quem são os donos do Bob, do Thunder, do Petrus, da Nina, da Tina… Mas não sei o nome de nenhum deles. Também acabei me tornando amiga dos moradores de rua que dormem na praça e adotam cachorros. Assim eu conheci o Bob Marley (que é apelido, porque o nome mesmo é Beethoven), a Sophia Loren, o Diamante e o Fiel. Então, inevitavelmente, me tornei a famosa: Dona da Jolie.

De nossos passeios me lembro de inúmeras histórias divertidas, mas uma em particular, eu gosto muito de contar. Aconteceu na semana passada quando, ao chegarmos à praça, encontramos um conhecido que, assim como eu, também perdeu sua identidade e se tornou o Dono da Valentina e do Frederico, seus buldogues franceses. Fui cumprimentá-los, como sempre faço, e percebi que a Valentina não estava com eles, o que já me dá um receio de perguntar e ouvir uma notícia triste. Ele então me contou que ela estava em SP, fazendo um tratamento de coluna, pois, devido a seu peso, acabou tendo um nervo pinçado e precisava de fisioterapia. Contou que, apesar de tudo, ela estava bem, sendo tratada num spa, por um especialista, para voltar nova. Qualquer um que passasse e ouvisse um pedaço da conversa, teria certeza de que a Valentina em questão era um ser humano. A conversa fluía, quando de repente, ele olha para trás de mim e grita: “Frederico, NÃO!!!”343004
Tarde demais. Frederico estava me usando como seu poste particular. Urinou na minha perna. Poderia ter ficado chateada, com raiva, não fosse a reação do dono, que deu uma bronca daquelas! Ele dizia: “Frederico, você está maluco?! Ela não é uma árvore!! Não pode isso, uma pessoa mijar na outra!!! Que horror!! Eu não estou achando graça nenhuma!!!!”
Isso tudo intercalado de mil pedidos de desculpa. Mas eu não conseguia parar de rir daquela bronca tão cheia de regras de conduta. Ora, ele estava apenas querendo me marcar como território dele. No fim das contas me senti lisonjeada.

A verdade é que os bichos não tem maldade. Aposto que Frederico estava com a melhor das intenções quando me escolheu para fazer xixi. Para mim não foi agradável, claro, mas valeram boas risadas, este texto e um prêmio na loteria (sim, porque de tanto ouvir que isso era sorte, joguei e ganhei… R$3,00….).

Eu questiono muito tudo e todos que cismam em dizer que os seres humanos são os mais evoluídos graças à sua capacidade de raciocínio. Sei não, hein.. Há bens que vem para males. Pense bem… Não fosse isso, não haveria guerras, corrupções, poluição, efeito estufa, desigualdade social e tantos, tantos outros problemas. No fim das contas as pessoas passam a vida toda buscando soluções para problemas criados por outras pessoas.

Às vezes me pego pensando no que aconteceria com o planeta caso fossem super-cachorroextintos os seres humanos e no que aconteceria caso fossem extintos os animais. Qual o melhor cenário? Viagens minhas… (Respostas óbvias.)

Mas… Antes que eu seja apedrejada por fanáticos pela humanidade, ou este texto vire uma filosofia-boring-nonsense-de-bar, me defendo. Não levanto bandeira desta minha utopia. Como dizem por aí: “Aceita que dói menos.” É o que faço. Afinal, o que não tem remédio…

Cabe a mim amar os animais, admirar as pessoas que prezam por eles e continuar sonhando com a salvação de todos os cachorros de rua!”

Valeu Carol!! Semana que vem estou de volta pessoal, um beijo e uma ótima semana para todos!!!

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