CCZ de Campos orienta sobre combate ao caramujo africano

Intenção é evitar que as pessoas tenham contato com o molusco, que pode causar doenças

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campos está orientando a população sobre os procedimentos corretos para o controle do caramujo-gigante-africano, que começa a reaparecer com maior incidência durante esse período do ano. O objetivo é evitar que as pessoas tenham contato com o molusco, que pode causar doenças.

Segundo o veterinário do CCZ, Flávio Soffiati, nos meses mais frios, os caramujos permanecem escondidos debaixo da terra e quando fica mais quente e começa a chover, aumentando a umidade, eles ficam mais ativos, saindo para se alimentarem e se reproduzir. O veterinário destaca a importância de não se acumular lixo nos quintais, o que atrai os moluscos.

Os caramujos se alimentam normalmente de folhas, frutas e legumes, mas também podem se alimentar de lixo e fezes de roedores. É resistente à seca e ao frio e se prolifera na estação chuvosa.

“A forma de controle é a catação manual, usando luva de borracha, látex ou cobrindo as mãos com saco plástico. Eles podem ser colocados em salmoura (concentrado de água e sal), ou sal direto em sacos plásticos ou outros recipientes, nunca direto no solo. Podem ser quebrados com auxílio de um martelo, sem utilizar sal nesse caso” — orienta Soffiati.

Após quebrados, os moluscos devem ser acondicionados em dois sacos plásticos de lixo e colocados pra coleta. Podem ser incinerados se houver estrutura para isso. Se forem enterrados, deve-se utilizar cal para impermeabilizar a terra. Eles não devem ser descartados vivos no lixo ou em terrenos e também não devem ser consumidos ou usados como isca de pescaria.

Soffiati oriente ainda para que a população lave bem as frutas e legumes que tiveram contato com o caramujo, pois o muco pode transmitir doenças. A higienização pode ser feita com hipoclorito de sódio (água sanitária). Como o lixo, entulho e materiais inservíveis favorecem a permanência do caramujo no local, o ideal é manter quintais e terrenos limpos e sem entulhos. O veterinário explica ainda que o uso de veneno é contraindicado por não ser específico.

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