Com déficit financeiro, contas da Prefeitura de Italva são aprovadas pelo TCE

TCE RJ 3As contas de 2015 da Prefeitura de Italva receberam parecer prévio favorável do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) na sessão plenária desta quinta-feira (14/7). Apresentado pelo relator, conselheiro Marco Antonio Alencar, o voto contém ressalvas, determinações e recomendação ao prefeito Leonardo de Souza Guimarães. O relatório, agora, será enviado para a Câmara Municipal, que fará o julgamento final.

O conselheiro relator alertou para o fato de que a prefeitura, pelo segundo ano consecutivo, apresentou déficit financeiro. “Persistindo a situação de desequilíbrio até o final de seu mandato, poderá este tribunal se pronunciar no próximo exercício pela emissão de parecer prévio contrário à aprovação de suas contas”, registrou Marco Antonio Alencar.

As receitas arrecadadas em 2015 ficaram em R$ 47.455.026,03, enquanto que a previsão aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias, no final de 2014, era de R$ 52 milhões. Retirando deste montante o que foi arrecadado pelo regime próprio de previdência, a receita fica em R$ 40.541.605,41, R$ 1.992.969,33 a menos do que o total das despesas durante o ano.

O relatório ainda destaca que a prefeitura está gastando com pessoal acima do percentual de 54% definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Os técnicos apuraram que o gasto ficou em 55,27% da receita no primeiro semestre do ano. E, ao invés de corrigir nos quadrimestres seguintes, ainda houve um acréscimo de gastos, o que suscitou nova ressalva e determinação.

Os gastos com saúde e educação estavam dentro das previsões constitucionais. Mas o conselheiro alertou para o não ressarcimento financeiro, referente ao exercício de 2014, no valor de R$ 54.605,21, para as contas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Na prestação de contas de 2015 também foi apurada a necessidade de nova devolução, desta vez de R$ 18.295,39.

Apesar das aplicações estarem dentro da lei, o relator recomenda o uso consciente dos royalties, que em 2015 foram de R$ 5.896.801,03. O foco deve estar em ações voltadas para o desenvolvimento sustentável da economia local, assim como em alternativas de novos investimentos que possam compensar possíveis quedas futuras.

Fonte: TCE

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