Cratera faz 7 meses, roubos crescem e moradores de S.Fidélis fazem abaixo-assinado pedindo providências na RJ-158

Nos dois recentes assaltos, as vítimas foram abordadas ao reduzirem a velocidade em um quebra-molas colocado pelo DER-RJ na fábrica de sucos

Moradores de São Fidélis estão se unindo para clamar por mais segurança e pela solução do problema na RJ-158, que vem ajudando bandidos em ações violentas. Assinaturas estão sendo colhidas para pedir providências em um abaixo-assinado. Desde o dia 09 de março desse ano uma cratera coloca em risco a vida de motoristas que usam a RJ-158, importante rodovia do Norte Fluminense. O acostamento cedeu durante uma forte chuva. “A erosão tomou cerca de oito metros de comprimento do asfalto e a profundidade ultrapassa 20 metros. Apesar de o local estar sinalizado, o risco de afundamento é iminente considerando que, parte do entorno da rodovia já foi uma área pantanosa“, diz um trecho do abaixo-assinado.

Segundo informações apuradas pelo SF Notícias, em julho, o Instituto Estadual do Ambiente aprovou o projeto apresentado pelo DER-RJ e liberou a licença para execução da obra, que deve custar cerca de R$ 300 mil, mas até agora, nada foi feito.

Dias após a abertura da cratera, o DER-RJ colocou dois quebra-molas no trevo da fábrica de sucos. Desde a colocação desses quebra-molas o número de assaltos cresceu na rodovia. Essa semana o SF Notícias mostrou que duas moradoras de Itaocara foram rendidas e assaltadas ao reduzirem a velocidade no quebra-molas.

O primeiro caso ocorreu às 10h da manhã do dia 23 de setembro. Já o segundo caso aconteceu no dia 30 do mês passado. Ambas as vítimas foram levadas para a estrada de Rio Preto, onde foram abandonadas e tiveram os carros roubados, assim como outros pertences (reveja a matéria AQUI). Esses dois casos não são isolados, pois ao longo do ano mostramos vários outros assaltos no trecho entre Campos e São Fidélis. Quando o assalto não acontece no trecho, ele é usado como rota de fuga pelos criminosos.

Para cobrar do poder público uma solução para o problema, moradores estão fazendo um abaixo-assinado. A idealização partiu do Otavio Freixo, que já colocou folhas para assinaturas em dois pontos da cidade. “Por ora, há postos de colheita de assinaturas na Cantina Di Norma e na Office Paper. Porém vamos expandir os locais. Se a adesão for grande, em no máximo 30 dias recolherei as assinaturas para entregar pessoalmente o documento ao promotor de justiça da tutela coletiva, em Campos dos Goytacazes“.

Veja abaixo trechos do abaixo-assinado

Ocorre que o poder público (leia-se DER – Departamento de Estradas e Rodagens), conquanto tenha plena ciência do ocorrido, não diligenciou adequadamente, nos meses sem chuva, para efetuar o reparo da estrada. Ao invés dos devidos reparos, o DER-RJ limitou-se a sinalizar precariamente o local com uma simples faixa e a colocar dois quebra-molas. A solução paliativa dada pelo poder público em nada afasta o risco de desabamento e interdição total da pista. Para piorar o estado das coisas, a cratera se situa num dos locais onde há maior vulnerabilidade dos usuários da RJ-158“.

Com efeito, naquele local a pista é separada por um enorme canteiro, que apenas permite a passagem de um único veículo em determinados trechos. Por várias ocasiões a manutenção do canteiro é precária e a extensa vegetação que cresce no local chega a encobrir a visão dos motoristas. Ademais, a cratera fica logo depois de uma acentuada curva em declive para a direita (sentido Campos x S. Fidélis), sendo certo que os quebra-molas instalados pelo DER-RJ forçam os usuários a praticamente parar seus veículos“.

Como se não bastasse, há ainda outros fatores de risco na RJ-158, no citado trecho entre Campos e S. Fidélis, como inadequados (em tamanho, quantidade e distanciamento entre si) quebra-molas espalhados pelas localidades de Itereré e Rio Preto, numa das quais existe uma pequena comunidade ribeirinha. Nesse cenário, tem aumentado exponencialmente o número de assaltos a usuários da rodovia, como se pode verificar a partir de notícias divulgadas na internet“.

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