Da nascente à foz: documentário sobre o Rio Paraíba já foi exibido em várias cidades; Confira o trailer

"Caminho do Mar" leva o espectador para uma verdadeira viagem pelo Rio Paraíba; Algumas cenas foram gravadas em São Fidélis e Itaocara
Fotos: Vinnicius Cremonez / SF Notícias

O Rio Paraíba do Sul banha os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, mas através do documentário “Caminho do Mar”, suas belezas, histórias e personagens vem sendo conhecidas em várias partes do Brasil. Produzido pela Bang Filmes, o filme percorre desde a nascente do rio, em Areias – SP, até sua foz, na praia de Atafona, em São João da Barra.

O longa, cujo nome vem de um verso do poema “O Rio”, de João Cabral de Melo Neto, estreou no dia 7 de junho nos cinemas do Rio de Janeiro e São Paulo, na Semana do Meio Ambiente. Desde então, ele já foi exibido em Belo Horizonte, Niterói, Paraty, Florianópolis – SC, Juiz de Fora e São José do Campos. As próximas exibições devem ser em Volta Redonda, Teresópolis e Itaocara.

Ao todo, são 86 minutos mostrando a degradação, a poluição, o desenvolvimento econômico, a vida das pessoas que dependem ou que possuem uma forte ligação com o rio, discutindo temas da atualidade, como a escassez hídrica e a cultura ribeirinha, além da situação do Paraíba em cada cidade ao longo dos seus 1.150km.

Algumas cenas foram gravadas em São Fidélis, com moradores e o presidente da Colônia de Pescadores, Sirley Ornelas, e com o Projeto Piabanha, em Itaocara. “Caminho do Mar” é um filme de causa sobre o rio que ajudou a formar e abençoou o Brasil. Mas pouco sabemos sobre ele. “Este não é um rio ‘pop’, como o Amazonas ou mesmo o São Francisco, mas motivos para ser não lhe faltam. Há muito que ver, conhecer e mostrar e é o que o filme “Caminho do Mar” fará”, revela Bebeto Abrantes, diretor e roteirista.

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Ele também faz um alerta a sociedade e aos governantes sobre a preservação do meio ambiente, em destaque, o Rio Paraíba do Sul, que sofre com a poluição. Uma das situações mostradas são as montanhas de escória – resíduos do processo de fabricação de metais – nas proximidades do Rio Paraíba do Sul, em Volta Redonda. E se somente o trailer já é de arrepiar, imagine todos os 86 minutos.  

Em entrevista ao SF Notícias em 2015, durante as gravações em Pureza, distrito de São Fidélis, a produtora Keilla Chimite falou sobre o enredo. Segundo ela, o documentário mostra onde o rio é bonito, na nascente, no encontro do Rio Paraitinga com o Paraibuna, que formam o Paraíba. Ele segue mostrando o chamado “São Paulo fabril”, que é Jacareí, São José dos Campos, Pindamonhangaba, onde, segundo Chimite, o rio sofre um ataque da poluição com a falta de tratamento de esgoto doméstico e industrial, jogados diretamente nas águas.

O filme traz ainda alguns lugares que tem “boas práticas”, como tratamento do esgoto doméstico. “Todo mundo pensa nas fábricas, mas não são só as fábricas. Hoje elas ainda são obrigadas a fazer um tratamento de esgoto. Agora, a população não é obrigada a fazer, então tem que ter essa consciência. O esgoto que ela joga da casa dela, vai refletir em todo rio, e prejudica as pessoas em algum momento, na cidade dela ou em outra cidade. É muita história, é muita vida, é muito peixe envolvido nisso tudo”.

Um exemplo recente de poluição no Paraíba foi a grande quantidade de lixo retirada do leito do rio, em Itaocara, neste sábado (24). Eletrodomésticos, como uma televisão, vidro, sacos plásticos, embalagens de material de limpeza e dezenas de garrafas pet foram alguns dos detritos recolhidos. Com a elevação do Paraíba do Sul, todo esse lixo seguiria o “Caminho do Mar”. Os interessado em assistir o documentário podem acompanhar a página no Facebook, onde as próximas sessões serão divulgadas.

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