Do interior do RJ para o maior evento de MMA do mundo: Johnny Walker se destaca no UFC

Ele começou a treinar em uma academia de Rio das Ostras e na sua estreia no Ultimate, nocauteou o adversário em apenas 1m57s
Fotos: Arquivo pessoal/ UFC

Quando começou a treinar em uma academia em Rio das Ostras, no interior do Rio, há mais de seis anos, Johnny Walker, que concedeu entrevista exclusiva ao SF Notícias, ainda não imaginava que seria um lutador. Hoje, representando o Reino Unido no UFC, maior evento de MMA do mundo, ele afirma ter certeza de que nasceu para isso.

Mas, antes de entrar no mundo das artes marciais Johnny fez aulas de dança. “Eu comecei lá em Rio das Ostras. Na verdade eu comecei na dança, fazendo lambaeróbica. Depois eu migrei pro muay thai. Mas o primeiro de tudo foi musculação”.

O atleta, de apenas 26 anos, foi aprendendo rápido e logo foi notado. Novos convites foram surgindo, para treinar outras artes, o que segundo ele se tornou um diferencial. “Eu nunca sonhei, nem pensei em ser lutador, simplesmente foi acontecendo. As pessoas foram notando que eu tinha uma habilidade natural, que eu tinha facilidade de aprender. Meu diferencial é que eu sou um lutador completo. Eu sou bom de muay thai, bom de boxe, bom de jiu-jitsu, tenho um bom condicionamento físico”.

Foto: Getty Images

A carreira começou a alavancar quando Johnny foi para Curitiba, onde passou por grandes equipes. Após seu treinador, o Leonardo Gosling, receber uma proposta, o lutador foi para a Europa. “Eu ganhei três lutas em um mês aqui. Dois cinturões e uma luta de peso pesado. Ai que começaram a me enxergar e me deram a oportunidade de lutar no Contender e de lá pra cá foi muito rápido” – conta.

Natural de Belford Roxo, ele participou do programa Contender Series Brasil e seu talento garantiu o contrato com o UFC. O peso-meio-pesado fez uma estreia espetacular nocauteando o americano Khalil Rountree em apenas 1m57s de luta, no UFC Argentina, em Buenos Aires. Mas, o atleta não representou a bandeira verde e amarela.

Johnny e sua equipe

“Eu representei o Reino Unido porque é aqui que eu treino. Aqui que eu cresci como lutador. As pessoas me acolheram muito, todo mundo me ajudava. Quem sabe algum dia eu possa representar a bandeira do Brasil se eu conseguir alguém que me ajude lá” – disse o atleta, que atualmente mora na Inglaterra.

Para Johnny, seu psicológico é um de seus pontos mais fortes. Apesar de já estar se destacando, ele afirma que precisa melhorar em tudo, “porque estamos em constante evolução e sempre tem que melhorar em alguma coisa”. Ele ainda conta de onde vem sua força:

“Minha força vem de Deus, de Jesus, vem da minha fé, vem da minha família que me apoia, dos meus amigos. Minha força vem do que eu acredito e eu acredito que vou chegar lá. O meu psicológico é muito forte é um dos meus pontos mais fortes”. 

Para quem está começando a dica do lutador é ser persistente: “Eu já tive derrotas, já tive dias ruins, já passei fome, frio, não tive um lugar bom para descansar, não tive apoio. Nenhuma dessas situações me desanimou. É no octógono que eu cobro tudo que eu passei e eu deixo tudo lá em cima. Quem está começando agora, só não desiste, não desanima que você vai chegar lá. Eu acreditei e olha aonde eu tô e eu acredito mais ainda que vou pegar os dois cinturões, não só um e vou ser campeão”. – completou o atleta.

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