Dom Francisco de Assis e Silva: “desafio é descobrir a unidade na pluralidade”

A diversidade religiosa no Brasil – a exemplo de outras liberdades – voltou a ser questionada nos últimos tempos. Em situações como essas, em um País predominantemente católico, alguns nomes se destacam. É o caso do Bispo anglicano, Francisco de Assis da Silva, que exerce hoje a função de Primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (concomitantemente com a Diocese Anglicana Sul-Ocidental), fundada, entre os brasileiros, em 1950. Atualmente, a religião se destaca por sua postura inclusiva, tentando combater a desigualdade social, a concentração fundiária, a violência doméstica, o racismo, a homofobia e a xenofobia.

Francisco de Assis da Silva fala da unidade na pluralidade

“Nosso desafio, nos tempos atuais, é descobrir a unidade na pluralidade e refletir os desafios da fé cristã”, acredita o bispo Francisco de Assis da Silva. Natural de Olinda (PE), ele estudou no Seminário Batista do Nordeste, ingressando mais tarde no Seminário Anglicano do Recife. Além de religioso, vale ressaltar, Dom Francisco, como é chamado, possui graduação em Direito e mestrado em Ciências Políticas.

Quem é Francisco de Assis da Silva

Francisco de Assis da Silva foi confirmado na Paróquia da Santíssima Trindade, em Recife pelo Bispo Dom Edmund Sherril, em 1984. Depois, foi ordenado ao diaconato em 13 de janeiro de 1991, e foi ordenado ao presbiterado em 7 de dezembro do mesmo ano. De 1991 a 1995, foi coordenador do Núcleo Anglicano de Estudos Teológicos (origem do atual Seminário Anglicano de Educação Teológica – SAET).

Dom Francisco foi ainda responsável pela Paróquia de Santa Maria, em Belém do Pará – atual Catedral da religião -, e pela Paróquia de Todos os Santos em Novo Hamburgo (RS). De 2003 a 2006, atuou como presidente da Câmara de Câmara de Clérigos e Leigos. Sempre atuante na defesa dos Direitos Humanos, com discursos fortes, Dom Francisco foi favorável, em 2017, ao matrimônio para casais do mesmo sexo. Desde 1997 a Igreja Episcopal Anglicana vem tratando do tema, colocando a pauta em votação outras duas vezes no Sínodo Geral. À época, por 57 votos favoráveis, três contra e duas abstenções, a igreja decidiu se abrir “à diversidade”, segundo Francisco de Assis da Silva.

O trabalho do Espírito Santo

Para ele, a decisão foi trabalho do Espírito Santo. “Senti a decisão como resultado da presença e trabalho do Espírito Santo. Isso amplia nossas fronteiras, permitindo que nós possamos ser mais acolhedoras (es) à diversidade no nosso país”, afirmou. Dom Francisco foi nomeado sucessor de Dom Maurício José Araújo de Andrade no cargo de Bispo Primaz. Desde que tomou posse do cargo, vem reafirmando ainda seu compromisso com o missionarismo.

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