Em 20 anos, quatro governadores eleitos no RJ foram presos

Antes de Pezão, Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha haviam sido presos
Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

A quinta-feira (29/11) começou com a notícia de que mais um governador eleito no Estado do Rio havia sido preso. Com a prisão de Luiz Fernando Pezão, o número de governadores que foram ou estão presos, nos últimos 20 anos, chega a quatro.

Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Matheus foram presos quando já não eram mais governadores. Cabral foi preso em 2016 na Lava Jato e Operação Calicute. Sua pena já soma mais de 100 anos de prisão, por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e evasão de divisas. 

Ao ex-governador é atribuído um grande esquema de corrupção que vigorou durante seus dois mandatos, com movimentação de mais de R$ 1 bilhão e cobrança de propina e superfaturamentos em áreas como transporte, obras e saúde.

Segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no período em que Pezão foi secretário de Obras e vice-governador de Sérgio Cabral, já haviam sido comprovadas práticas criminosas como a cobrança de um percentual do valor dos contratos firmados pelo Executivo com grandes construtoras, a título de propina.

Ela afirma que apesar de ter sido homem de confiança Cabral e assumido papel fundamental naquela organização criminosa, inclusive sucedendo-o na sua liderança, Pezão “operou esquema de corrupção próprio, com seus próprios operadores financeiros”.

Já Anthony Garotinho teve prisão domiciliar decretada e foi detido por agentes da Polícia Federal enquanto apresentava um programa de rádio, em setembro do ano passado. Ele foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de comandar um esquema que trocava votos pela inclusão de famílias em um programa social de Campos, o “Cheque Cidadão”.

Fotos: Reprodução/ Globo News

A prisão foi revogada, mas em novembro do mesmo ano ele voltou a ser preso, desta vez, com a esposa, Rosinha. De acordo com a Polícia Federal (PF), eles foram acusados da prática dos crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais.

O casal faria parte de uma organização criminosa que arrecadava recursos de forma ilícita com empresários para financiar as próprias campanhas e a de aliados, inclusive mediante extorsão. Ambos foram soltos ainda no ano passado.

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