Estado precário: motoristas enfrentam buracos e risco de serem assaltados na RJ-160

"Eu evito passar ali de noite, mas quando preciso passar, só passo até às 22h, mas com muito medo", disse um caminhoneiro ao SF Notícias
imagem: aquivo pessoal

Importante rodovia de escoamento da produção da Região Serrana do Rio de Janeiro e uma importante ligação entre a nossa região e o estado de Minas Gerais, a RJ-160, entre Cantagalo e Carmo, está em situação precária. A cada dia que passa um novo buraco surge, e aqueles que já existem, não param de crescer. Por causa dos buracos, motoristas precisam fazer um verdadeiro zigue-zague em busca do menor buraco, já que não tem como fugir de todos. Os veículos acabam invadindo a contramão. Motoristas que precisam passar pela via não aguentam mais esperar por alguma solução do poder público. Caminhoneiro há dez anos, o Maycon Omecias precisa passar pela estrada pelo menos oito vezes por mês. Desde 2011 a rodovia passou a ser uma de suas rotas. “Eu nunca via uma grande obra nela. Sempre o famoso tapa-buracos. Ela sempre foi uma rodovia problemática. Essa questão dos buracos, de dois anos pra cá que se agravou mais“, disse. (continua após o vídeo)

Além dos buracos, os motoristas também reclamam do mato alto e do risco de assaltos, já que em determinados trechos a velocidade precisa ser reduzida para tentar fugir dos buracos maiores e passar pelos menores. O Maycon, por exemplo, evita passar pelo trecho na parte da noite, “mas quando preciso passar, só passo até às 22h, mas com muito medo. Essa rodovia tem um dos maiores índices de roubo de caminhão em nossa região. É um trecho temido de se passar porque se rouba muito caminhão” – disse. Segundo ele, os buracos acabam facilitando a ação de bandidos em relação a roubo de caminhão, e o trecho conhecido como Serra da Prata é o mais perigoso. “Ali todo mundo tem medo de passar por causa de roubos“.  Em novembro do ano passado a Polícia Rodoviária Estadual inaugurou um posto do BPRv na rodovia, mas a sensação de insegurança permanece. “Na prática eu não vejo um policiamento constante. Raramente eu encontro viaturas rodando“.

Maycon contou ainda que em determinados trecho ele tem que dirigir a 5 km/h. “Impossível andar em uma velocidade maior que essa. Não tem carro que aguente uma situação dessa. Fora o risco de transitar à noite, principalmente, em uma rodovia como essa, nessa velocidade. Existe o risco de assalto porque você anda numa velocidade muito reduzida, e em alguns pontos, você praticamente para o veículo. Espero que alguma autoridade tome as providências o quanto antes”, concluiu o caminhoneiro. Em julho desse ano o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), Uruan Cintra de Andrade, disse que a rodovia será totalmente recapeada. “Não é possível mais fazer apenas pequenas obras de conservação nessa estrada. O estado de manutenção da via, após anos sem investimento, é muito ruim. Vamos recapeá-la por inteiro. Precisamos cada vez mais prestar um serviço de excelência para a população”, disse Uruan. Nessa semana algumas máquinas chegaram à rodovia para iniciar alguns reparos e amenizar a situação.

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