Festa “apagada” e crise financeira causam queda nas vendas em São Fidélis

olly baby kids
Fotos: Matheus Berriel.

Foi-se o tempo em que o período da Festa de São Fidélis significava dinheiro no bolso para grande parte dos comerciantes. Em 2015, a situação não foi muito bem desse jeito. Sem os tradicionais grandes shows, exceto o religioso, por corte de verbas, a festa atraiu menos público, e fez o movimento ficar bem abaixo do esperado no comércio, que deu uma enfraquecida em relação aos anos anteriores.

O SF Notícias foi até a Olly Baby Kids, que vende roupas infantis e brinquedos, no Centro da cidade, e conversou com Suziane, dona da loja. A vendedora disse que teve uma queda de 40% das vendas na semana da festa. Para ela, um dos fatores foi a ausência dos shows, atraindo menos pessoas de fora da cidade, que sempre movimentam o comércio. Isso se junta também à crise financeira que afeta todo o país, com preços altos de impostos, aumentando os valores dos alimentos, da gasolina, da conta de luz, etc. Gastando mais no que é indispensável, o jeito é economizar no lazer.

E se engana quem pensa que a queda ocorreu apenas durante a Festa de São Fidélis. Suziane disse que a previsão é que o movimento fique estagnado também nos próximos feriados do ano, como, por exemplo, o dia das mães, que está se aproximando e é a segunda data que mais agita o comércio. Ela acredita que nesse ano, os filhos vão apelas para flores, chocolates, ou lembranças mais simples e baratas. Em outras lojas de roupas, o discurso das vendedoras é o mesmo: queda nas vendas e, apesar do pensamento positivo, pouca expectativa de melhoras.

A situação é parecida para os cabeleireiros. Em um salão, também no Centro, o dono disse que, em 30 anos que corta cabelo, esse foi o pior mês de abril. O cabeleireiro comemora o fato de sua profissão não ter perdas, pois não precisa investir com antecedência, mas lamenta o fato de que praticamente ninguém de fora apareceu para dar um toque no visual, tendo que se contentar com os clientes fixos, que garantiram o salário padrão: “Pelo menos não perdi nada, mas também não ganhei.”, disse ele.

são judas tadeuO setor de remédios foi um dos poucos que não sentiu o baque da crise financeira e do baixo fluxo de pessoas nos festejos do padroeiro. Na Farmácia São Judas Tadeu, que pegou apenas um plantão durante a Festa de São Fidélis pela tabela quinzenal, os vendedores não notaram uma grande diferença, já que o cidadão não tem escolha quando se vê diante de uma necessidade de saúde, movimentando as farmácias. Nessa área, levam a melhor os farmacêuticos que conseguem oferecer os melhores preços e um bom atendimento, ganhando novos clientes.

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