Justiça determina que valores diferentes para homens e mulheres é ilegal

Fotos: Reprodução

Na última sexta (30), o Ministério da Justiça entrou na polêmica dos preços diferentes cobrados nas baladas do Brasil para homens e mulheres e determinou que a cobrança diferenciada é ilegal. Vai começar a valer mesmo só daqui um mês, mas a novidade correu pelas festas do país no fim de semana e dividiu opiniões.

A prática comum adotada por casas noturnas de oferecer preços mais baixos e até gratuidade para as mulheres nas baladas foi parar na Justiça depois que o estudante de Direito Roberto Casali Júnior conseguiu uma liminar na Justiça contra o organizador de um show, após se indignar com a cobrança diferenciada de ingressos em Brasília.

A Secretaria Nacional do Consumidor, órgão ligado ao Ministério da Justiça entrou na polêmica. A secretaria vai divulgar a partir desta segunda-feira (03), uma orientação para restaurantes, bares e casas noturnas. O texto diz: “Diferenciação de preço entre homens e mulheres é uma afronta ao princípio da dignidade da pessoa humana, uma prática comercial abusiva. Utiliza a mulher como estratégia de marketing que a coloca em situação de inferioridade.”

Em entrevista com Leo Defanti, promoter da maior casa noturna de Campos dos Goytacazes, ele afirma ser contra a determinação judicial. “A mulher gasta mais para estar na balada, com investimento em roupas, acessórios e artigos de beleza”, completou Leo, que ainda disse enxergar que as mulheres não sejam usadas para atrair o público masculino, pois a grande maioria também vai à casa noturna, onde também gere, em busca de alguém para se relacionar.

A orientação é que sejam feitas fiscalizações nas casas noturnas, para que essa cobrança diferenciada de preço deixe de existir em todo o Brasil.

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