Ministério Público diz que ocupação do Colégio Barão de Macaúbas foi ilegal

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Fotos: Matheus Berriel / Vinnicius Cremonez

O Ministério Público de São Fidélis informou que a ocupação do Colégio Estadual Barão de Macaúbas, ocorrida na manhã da última segunda-feira (02/04), aconteceu de forma ilegal. A ocupação foi feita por estudantes de outras escolas, e não por alunos do Barão de Macaúbas, que são escola ocupada 5contrários ao movimento de greve.

Nesta quarta-feira, nossa equipe conversou com o promotor Bruno Santarém. Segundo ele, entre os responsáveis pela ocupação, havia um adolescente que já possui passagem pela polícia, ao ser apreendido com uma moto roubada em Campos. Ele foi o responsável por retirar os cadeados do colégio e trocar pelos cadeados que o grupo usava.  Segundo o MP, os alunos de outras instituições forçaram os estudantes do Barão de Macaúbas a saírem da escola, apesar da oposição deles e da direção ao movimento. Na delegacia, uma professora contou que o grupo responsável pela ocupação deu um prazo de uma hora para que todos saíssem da unidade.

O promotor informou ainda que vários alunos, professores e a diretora do Barão de Macaúbas, assim como diretores de outras unidades escolares de São Fidélis, procuraram o Ministério Público para noticiar os fatos. Há relatos de desacato, ameaças e constrangimento aos funcionários e alunos da escola. Ainda de acordo com o promotor, em um relatório apresentado pela diretora da escola, Rita de Cássia diz que havia estudantes que não eram do Barão de Macaúbas, e sim do Liceu (Campos), Montese e do CESF. O SFnotícias teve acesso a ata registrada pela direção do Barão de Macaúbas.

ocupação escola 5Na ata, a unidade informou que os alunos e professores que estavam em sala de aula ficaram revoltados, alegando o direito de ter e dar aula. O prédio foi desocupado, mas a revolta dos alunos que foram retirados foi grande, e eles ficaram aglomerados em frente à escola.

A ata diz ainda que ao ser questionado pelo motivo da ocupação, o líder do movimento informou que a mesma se deu porque o Barão de Macaúbas foi à única escola de São Fidélis que não aderiu à greve, o que está prejudicando outros colégios. Todas as chaves e cadeados ficaram em posse do grupo do movimento, pois os da escola foram retirados, guardados e não foram devolvidos. O conselho tutelar e os pais dos alunos partícipes do movimento foram comunicados, os pais ficaram cientes da participação dos filhos.

A direção informou ainda que a polícia foi acionada por um responsável e a mesma tentou conversar para interceder e desfazer a ocupação, o que não foi possível, e que os alunos do Barão de Macaúbas fizeram uma manifestação de não aceitação da ocupação. Eles se organizaram e foram à Delegacia registrar as ofensas e ao Ministério Público, onde foram informados que a liminar que estava com o grupo responsável pela ocupação, não é legal.

O promotor Bruno Santarém informou também que não há registros de violência física ou vias de fato no encaminhamento dos envolvidos a delegacia, e esclareceu que não houve uma desocupação como foi divulgado, e sim, uma condução por parte da PM, dos envolvidos até a delegacia. Os envolvidos na ocupação podem responder por crimes se forem denunciados pelo MP.

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