Natural de Cantagalo e fidelense de coração, Pedro Emílio é o homenageado da FLISF

Festa Literária de São Fidélis começou nesta quinta (06); Poeta e trovador completaria 83 anos no domingo (09) último dia da FLISF
Fotos: Reprodução/ SF Notícias

Começou hoje (06/06) a Festa Literária de São Fidélis (FLISF), que este ano irá homenagear o poeta e trovador Pedro Emílio de Almeida e Silva (In memoriam). Na abertura, realizada no Salão Nobre do Colégio Estadual de São Fidélis (CESF), alunos do Elvídio Costa fizeram uma apresentação sobre a Vida e Obra de Pedro Emílio. Ainda nesta quinta, às 18h, será aberta a exposição “Pedro Poeta Almeida: ontem, hoje, sempre… saudades.

Nascido em 9 de junho de 1936, no distrito de Campo Alegre em Cantagalo, terra de Euclides da Cunha, Pedro Emílio veio para São Fidélis ainda pequeno e cresceu na cidade. Bacharel em Direito, trabalhou em jornais e no rádio. De acordo com a Academia Virtual Brasileira de Trovadores, foi um baluarte dos trovadores fidelenses e um dos raros trovadores remanescentes daqueles que conviveram com Luiz Otávio, J. G. de Araujo Jorge e Aparício Fernandes.

Pedro Emílio ocupava a 4ª cadeira da Academia Fidelense de Letras, organizadora da FLISF. Co-autor da Coletânea “Murmúrios do Paraíba”, lançada em 1962, ele faleceu na “Cidade Poema” no dia 28 de março de 2013, aos 76 anos.

Durante a FLISF haverá outras atividades em homenagem ao poeta. Na sexta (07) alunos do Colégio Montese apresentam “Pedro Emílio Com-vida”, no CESF. Na data o anfiteatro da Biblioteca receberá ainda a apresentação do “Recital Travessia, versos e canções: Pedro Emílio”. Confira as demais atrações AQUI.

GAMBOA DE OUTRORA

“Gamboa é a rua triste da cidade
Triste na expressão das árvores
Triste na expressão dos pássaros!

Gamboa rua da chegada,
Gamboa rua da partida …

Quando chego é rua do abraço
Que me estende o peito úmido de saudade,
Quando parto é rua do adeus
Que me acena na primeira curva do caminho

Gamboa é a rua das lágrimas amarelas dos oitis
Choradas das calçadas …
Rua das casas antigas debruçadas no tempo …
Lamento das rezas dos pardais em tardes de cinzas,
Sombras das casas antigas debruçadas no tempo …

Gamboa é a rua triste de minha cidade,
Triste só para mim, quem sabe ?

Lá, a gente chega na partida …
Lá, a gente parte na chegada …”

– Pedro Emílio de Almeida e Silva

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