Natural de São Fidélis, carteiro alegra moradores de Campos cantando durante as entregas

Para o fidelense, através da música, o trabalho se torna menos cansativo, além da recompensa de fazer o próximo feliz
Fotos: Arquivo pessoal

Quem olha de longe logo reconhece a profissão pelo uniforme característico, a bicicleta e a grande bolsa que leva as correspondências. Mas, Jansem Gonçalves, natural de São Fidélis, trabalha de uma forma diferente. O carteiro percorre ruas de Campos cantando e alegrando os moradores.

Através da música, o trabalho, feito debaixo de sol forte ou chuva, se torna menos cansativo. Ao SF Notícias, Jansem contou como tudo começou e das boas recompensas que seu modo de trabalhar está trazendo.

“Um dia eu estava na rua e passa muito carro anunciando as coisas aí eu ficava imitando os caras, brincando e comecei a fazer paródias. Fui pegando intimidade com os destinatários e foi ficando engraçado, comecei a inventar música aqui, música ali” – relatou.

E o repertório do carteiro cantor tem músicas para todos os gostos. “Canto tudo que vem a mente. Faço paródia de tudo. Claro que funk é mais fácil, mas tem de tudo no repertório!” – brincou. Antes, ele fazia as entregas no Parque Prazeres, mas sua rota foi trocada e ele brinca dizendo que “agora está tentando conquistar o pessoal do Jardim Carioca”.

Além da música, Jansem também teve o carisma e o profissionalismo reconhecidos durante a passagem da Tocha Olímpica pela região em 2016.  O fidelense, selecionado após uma avaliação de conduta, foi um dos 53 condutores, que levaram o fogo olímpico por cerca de 11km.  “Quando fui escolhido fiquei muito feliz, pois o critério usado por meus gestores envolviam muitas pessoas tão qualificadas como eu, o que fez ainda mais valioso o fato do escolhido ser eu”.

Nesta semana, ele foi filmado durante uma das entregas e recebeu elogios nas redes sociais. Em um dos comentários, uma menina disse que as músicas dele a fizeram sentir melhor. “É muito legal quando você passa, como a menina que falou que faz bem para as pessoas, às vezes estou lá atrás a pessoa me ouve cantando e já vai direto pro portão e fica me esperando. Isso motiva a gente a trabalhar, dá uma alegria, a gente vê que a recompensa não é dinheiro, algo caro, a recompensa é fazer o próximo feliz”.

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