Olá leitores, como todos já sabem, na última sexta feira por volta das 14 horas, o nosso querido Roberto Bolaños nos deixou, foram incansáveis as homenagens merecidamente prestadas a esse ícone da televisão que mesmo nos deixando em vida vai continuar em nossas memórias para sempre, afinal de contas Chaves e Chapolin Colorado fazem parte não somente da nossa cultura, como do nosso dia-a-dia.
Conhecido como Chespirito, além de ator, Bolaños também foi escritor, comediante, dramaturgo, compositor, diretor de TV e Cinema no México, inclusive o Programa Chespirito chegou a receber o título de melhor programa de humor da TV Mexicana, título esse que lhe trouxe grande prestígio e o reconhecimento como um dos escritores comediantes mais respeitados do mundo.
O que pouca gente sabe é que ele se formou em engenharia elétrica na Universidade Nacional Autônoma do México, mas nunca exerceu a profissão. Iniciou sua carreira como escritor criativo, através do rádio e televisão durante a década de 1950, quando começou a escrever roteiros para a TV. Também fez vários roteiros para filmes e começou a representar como ator em 1960, no cinema. No entanto, continuou a dedicar a maior parte de seu tempo a escrever, contribuindo para o diálogo de scripts e filmes de televisão mexicana.
“Chespirito” é a forma diminutiva e castelhanizada do vocábulo inglês Shakespeare (Chekspir). Tal apelido foi dado a Bolaños pelo diretor de cinema Agustín P. Delgado, que o considerava um pequeno William Shakespeare, capaz de escrever histórias tão versáteis quanto o autor inglês. Roberto ganhou este apelido quando escreveu o roteiro para o filme Los Legionarios, primeiro em que Chespirito trabalhou.
Mas foi em 1971 que o maior sucesso de todos os tempos da TV mundial fez a sua estréia e a vida de Bolaños mudou radicalmente. “El Chavo del 8” e “Chapolin Colorado”. Por causa de seus roteiros simples, despretensiosos, cheios de ingenuidade e originalidade, os programas se tornaram sucesso em todo o mundo, devido também a simpatia de Roberto Gómez Bolaños e do grupo de atores em distintas épocas formado por Carlos Villagrán, Ramón Valdés, Florinda Meza, Rubén Aguirre, Édgar Vivar, Angelines Fernandez, Raúl Padilla, Horacio Gómez Bolaños e María Antonieta de las Nieves, que também encontraram a fama internacional.
Apesar de ser mais conhecido pelos papéis Chaves e Chapolin, Chespirito também foi autor de vários personagens, como Chompiras, Dr. Chapatin, Vicente Chambon e Chaparrón Bonaparte.
Depois de 27 anos convivendo com Florinda Meza, a atriz que interpretava a maioria dos personagens femininos inclusive a Dona Florinda, Bolaños casou-se com ela em 2004. Diz a lenda que o elenco todo era muito unido, porém a relação de Bolaños com Carlos Villagrán , ator que interpretava o Kiko, não era nada amigável, os dois ficaram sem se falar por anos, inclusive durante as gravações do programa. Ele era conhecido por ter um gênio difícil, ser ciumento e muito centralizador, problema esse que causou seu distanciamento também da atriz María Antonieta de las Nieves, que deu vida a personagem Chiquinha.
Quando a série chegou ao fim, Kiko e Chiquinha continuaram a receber inúmeros convites para se apresentarem em circos, eventos e inclusive terem seus próprios programas, Roberto por sua vez não permitiu que eles continuassem usando os personagens criados por ele. Bem, vocês já podem imaginar o que aconteceu, né? Eles entraram na justiça contra o Roberto
e ganharam a causa. Depois disso eles nunca mais se falaram.
Mas independente de todos os rumores e histórias, Roberto Bolaños merece todas as homenagens pela genialidade de seu trabalho e com certeza vai deixar saudades, afinal de contas crescemos com ele, é como se fosse um parente próximo que se despede deixando aquele aperto no peito.
Beijos e até semana que vem!