Paduana que morou na Tailândia relatou experiências em guia com conteúdo exclusivo

Após perceber que não havia em português informação especializada sobre o país, e que a maioria era superficial e limitada, Menara criou um site com dicas, de onde surgiu o guia
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Quem é que não gosta de viajar, conhecer novos lugares, novas culturas e criar belas memórias? Quando Menara Fialho, de 37 anos, e o marido, tiveram a oportunidade de ir morar na Tailândia, um país completamente diferente do Brasil e do município de Pádua, onde ela nasceu, o casal não hesitou.

Hoje, a farmacêutica é autora do Guia Tailândia, com material exclusivo e totalmente em português. O guia traz dicas que só quem vivenciou o país, como a Menara, conhece. Ele tem roteiros dos principais destinos e também aborda um amplo aspecto da cultura local, como pratos típicos, língua, cultura & etiqueta.

Ao SF Notícias, Menara relatou como o guia surgiu e também falou sobre seu amor por viajar. Ela já conheceu diversos países desde que saiu de Pádua no ano 2000, para estudar na UFF, no Rio de Janeiro. “Desde pequena, sempre gostei de aprender sobre outros países. Adorava geografia. Nunca vou me esquecer do dia em que “descobri” que a capital de Malta era Valeta. Eu, à época com uns 10 anos, achava hilário que uma cidade pudesse ter esse nome (nada comparado às “pequenas valas” que eu conhecia)” – relembra. 

Foi na época da faculdade que surgiu a primeira oportunidade de viajar para o exterior. “Juntei uma grana, e fui para Los Angeles. Depois da primeira vez, meu foco foi juntar dinheiro para viajar pelo menos uma vez ao ano. De lá pra cá, conheci muitos lugares incríveis. Fiz trekking no Nepal, fiquei três dias a bordo de um barco explorando o Arquipélago de Komodo, na Indonésia, e vi o pôr-do-sol mais marcante da minha vida em Istambul, na Turquia, por exemplo”- conta.

Em várias dessas viagens, Menara estava sozinha, o que para ela nunca foi um problema. “Viajar, pra mim, é uma forma de engrandecimento pessoal, de expansão dos horizontes. Além do prazer que a viagem nos proporciona, muitas vezes descobrimos coisas e experiências que nem sonhávamos que existiam. E essas experiências, não as vejo como “coisas do acaso”. Elas nos marcam, elas muitas vezes nos levam a refletir sobre conceitos antes inquestionáveis. Viajar nos transforma” – declara.

Menara relata que a Tailândia era um país que planejava conhecer, mas diz que nunca imaginou que iria morar lá. “A oportunidade de mudança surgiu em função do trabalho do meu marido, e quando ela surgiu, não hesitamos. Nos mudamos em outubro de 2013. Eu também jamais imaginei que um dia fosse escrever um guia turístico sobre a Tailândia. Quando fui para lá, eu estava muito empolgada com todas as experiências novas que eu ia vivenciar, e a única coisa que eu tinha em mente era aproveitar ao máximo essa oportunidade”.

A farmacêutica conta que as pessoas são gentis, simpáticas, hospitaleiras e que o país é absurdamente lindo. Mas, ela também precisou se ajustar à cultura local até certo ponto. Segundo Menara, os costumes dos tailandeses são sutis e complexos, reflexo de uma rica e diversificada tradição cultural. Ela explica que eles possuem conceitos que a maior parte de nós, ocidentais, desconhecemos.

“Aos poucos eu fui descobrindo, por exemplo, que os tailandeses não buzinam no trânsito. Descobri que ao conhecer um tailandês, não se deve dar um aperto de mão, e muito menos beijinhos no rosto. Falar alto ou gritar pode ser visto como um ato muito ofensivo. Jamais devemos entrar na casa de um tailandês sem tirar os sapatos” – essas são algumas das questões que são abordadas no guia.

Já sobre o guia, ela relata que o mesmo surgiu a partir de um site, de dicas e informações sobre a Tailândia. “Eu fui percebendo que não havia, em português, informação especializada sobre a Tailândia. Havia algumas informações espalhadas por diferentes blogs de viagens, mas com elas havia também algumas ressalvas: a primeira é que essas informações geralmente eram muito superficiais, pois retratavam apenas a “impressão” de uma pessoa que passou 2 semanas, ou no máximo 2 meses, no país. A segunda é que essas informações, na maioria das vezes, se limitavam às “atrações famosas” e não ofereciam opções de uma experiência autêntica”. 

Além disso, a carência de informações sobre as crenças e hábitos tailandeses, que são muito distintos dos nossos, podia deixar a pessoa muito receosa quanto “ao que encontrar por lá”, afirma a paduana. “O meu guia oferece ao leitor conteúdo original, e dicas que não só facilitam a viagem, mas também a tornam mais proveitosa e econômica”.

Para aqueles que também sonham em viajar e conhecer o mundo, Menara deixa o conselho: “Viaje! Sei que muitas vezes nos encontramos naquele dilema entre viajar ou juntar dinheiro, e a minha dica é: junte um montante, e reserve outro para as viagens. Faça esse investimento em você!” – afirma.

E para quem já tem um destino em mente a dica da paduana é ter sempre em mente que não existe “certo”e “errado” quando se trata de uma outra cultura. “O que existem são culturas diferentes, e ter a cabeça aberta e disposta a aceitar e entender essas diferenças, é primordial para quem viaja para um outro país” – finaliza.

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