Políticos da região aparecem em planilha apreendida pela Polícia Federal

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Fonte: O Estadão

Foram divulgadas na tarde de ontem documentos apreendidos pela Polícia Federal na 23º fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no dia 22 de fevereiro. Entre os documentos estão planilhas que  listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos.

O nome de cinco políticos da região aparecem nas planilhas, sendo eles, o ex-governado do Estado, Anthony Garotinho, a prefeita de Campos, Rosinha Garotinha, a filha do casale deputada federal, Clarissa Garotinho, do prefeito de Macaé, Dr. Aluízio e do prefeito de Rio das Ostras, Alcebíades Sabino.

Segundo o Estadão, as planilhas foram apreendidas na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Junior, no Rio de Janeiro. Essa é a maior relação de políticos e partidos associada a pagamentos de uma empreiteira até agora. São inúmeras planilhas e tabelas, algumas separadas por Estados e regiões do Brasil e outras por partidos, com nomes dos principais políticos do País.

Também há inúmeras anotações manuscritas fazendo referência a repasses para políticos e partidos, acertos com outras empresas referentes a obras e até documentos sobre “campeonatos esportivos”, que lembram documentos semelhantes já encontrados na Lava Jato e revelaram a atuação de cartel das empreiteiras em obras na Petrobrás.

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Nome de Garotinho marcado na planilha

Até o momento, apenas um dos citados se manifestou. Garotinho divulgou uma nota em seu blog falando sobre o caso. Confira abaixo.

“Quero me antecipar e esclarecer os fatos, porque quem não deve, não teme, e prova a verdade. Antes que pessoas inescrupulosas possam fazer qualquer associação entre o meu nome e o esquema da Lava Jato, quero deixar claro que meu nome aparece numa doação oficial, com CNPJ da campanha, e conta registrada no Banco Itaú, informada à Justiça Eleitoral, relativa à campanha de 2010, quando concorri para deputado federal.  Quero afirmar categoricamente que não há qualquer citação ao meu nome relativo ao Petrolão, como meus adversários podem tentar insinuar. Ressalto ainda que misturar doações oficiais, legalmente declaradas à Justiça Eleitoral, de acordo com a lei então vigente, que permitia às empresas fazerem doações de campanha, com propinas, confunde as pessoas.

Agora é importante: reparem na planilha apreendida pela Polícia Federal, que foi feita uma doação de R$ 800 mil para o Comitê Financeiro Único do PR – RJ. Portanto é bom esclarecer tudo, porque tenho as mãos limpas, para que daqui a pouco não venha alguém querer insinuar que recebi propina. Esta é a verdade dos fatos”.

Os demais políticos citados ainda não se manifestaram.

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