Prefeita Rosinha ignora pauta de reivindicações e professores prometem novas paralisações e até mesmo greve.

0b9bf49514a42f737422089b364e7eb315d6275a2685beaf7519714ac1d6e55951e89b07[1]Cerca de 400 professores fizeram uma manifestação na tarde de segunda-feira (23), em frente à secretaria municipal de educação, quando, a referida data seria o prazo que a comissão do executivo que recebeu os líderes do Movimento Educadores de Campos em Luta, solicitou no dia 30/08 (quando cerca de 1.500 professores fizeram uma manifestação no Dia Nacional da Paralisação), para que assim fossem analisadas todas as questões.

Na ocasião, a comissão formada pelos professores entregou uma pauta contendo as reivindicações da categoria, entre elas, aumento do piso salarial e mais 40% de regência, melhores condições de trabalho nas escolas, eleição para diretores e entre outras.

No decorrer do tempo de espera pela resposta prometida pela comissão do executivo (o que não aconteceu), a prefeita disse em programa de rádio que já estaria cumprindo com algumas das reivindicações da categoria. Mas, segundo informações dos líderes do movimento, o executivo providenciou um decreto que foi enviado para à Câmara de Vereadores, para ser votado apenas 10% de regência, o que deixou a classe indignada.

Os professores alegam que, sequer, foi feita uma audiência com os líderes do movimento e que tal tempo solicitado pelo executivo, não passou de uma estratégia para evitar novas paralisações, o que acabou gerando efeito contrário a partir de agora, tendo em vista que os professores fizeram uma assembleia em frente ao prédio da secretaria municipal de educação, enquanto esperavam pelas respostas e, na qual foram aprovadas novas paralisações, inclusive, a qualquer momento poderá ser deflagrada uma greve e, logo em seguida, foi aprovado um ato de protesto na BR por 20 minutos, o qual foi feito por volta das 17h20, em pleno horário de pico, deixando o trânsito totalmente parado. Da mesma forma, muitos populares aplaudiram a manifestação da categoria.

DSC_0222[1]A reportagem recebeu denúncias de que várias escolas estão em estado precário com falta de material didático, segurança, como por ex., porta das salas sem fechaduras, falta de produtos de uso para higiene das crianças, como sabonete e até mesmo merenda e uniformes.  Ainda, as salas de educação infantil não contam com brinquedos ou jogos para as atividades de desenvolvimento das crianças e nem play ground. Os professores reivindicam melhorias não só salariais, mas também, melhorias na infraestrutura das escolas e creches.

“Esse governo engana uma população inteira, mas não nos engana e não vai nos calar, já que estamos agindo da mesma forma que ele faz, qual seja, usar a mídia para vender falsas promessas, enquanto nós, educadores, estamos na rua e na mídia também, para denunciamos os fatos ao mostrarmos uma triste realidade vivenciada no dia a dia, além de estarmos aqui, lutando pelos nossos direitos e por uma educação de qualidade que não existe nesse município tão rico e, ao mesmo tempo, tão pobre porque tem um governo ditador, mentiroso e manipulador”, afirmou a professora Maria Helena de Castro Soares Gonçalves, 43 anos.

Durante a manifestação, a PM e a guarda municipal estiveram presentes, mas não houve nenhum incidente, tornando-se assim, um ato pacífico por parte dos professores.

Nossa reportagem tem acompanhado e publicado todas as ações que vêm sendo realizadas pelos professores da rede municipal de Campos mesmo porque há um grande de número de profissionais de São Fidélis, que são servidores no município de Campos dos Goytacazes.

Nesta terça-feira, o movimento promete ir à Câmara Municipal no sentido de fazer uma manifestação em repúdio à aprovação do decreto com proposta de apenas 10% de regência oferecida pela prefeita.

Foto e Reportagem/Neuzimar Lacerda

 

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