Professores convocam população e estudantes para manifestação em São Fidélis

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Fotos: arquivo

Professores da rede estadual de ensino do Estado do Rio de Janeiro seguem em greve por tempo indeterminado. Eles lutam por melhorias nas condições de trabalho para que os estudantes tenham qualidade no ensino, além de reajuste salarial.

Segundo os professores, as escolas não estão estruturadas como o governo diz, pois falta funcionários. Ainda segundo os professores, quase mil professores abandonaram a rede estadual devido ao péssimo salário e, com isso, turmas ficam sem aula por falta de profissionais.

Eles também questionam a superlotação das salas de aula e os gastos desnecessários, como o aluguel dos aparelhos de ar condicionado, visto que o dinheiro do aluguel, daria para comprar os aparelhos, e muitos dos que estão instalados nas unidade escolares, não funcionam.

“A gente tem necessidade de climatizar as salas de aula, que são muito quentes. O estado paga uma firma para climatizar as escolas, mas essa manutenção nunca vem. As escolas estão sem ar, sem ventilação, e os alunos sofrem pra aprender ali. A merenda está de péssima qualidade, quando tem. Os primeiros que entram na fila, comem uma comida. Os do final, as vezes nem comem, porque não tem. A gente sabe da violência que está em todos o país, e tiraram os vigias e porteiros da escola”, disse o professor de educação física Mauricio Paes durante uma das manifestações ocorridas em São Fidélis.

Uma nova manifestação vai acontecer nesta sexta-feira às 19h30 na Praça Guilherme Tito de Azevedo. Os professores informaram que as aulas serão repostas após o fim da greve. Em anuncio num carro de som que circula pela cidade, os professores convocam os estudantes e seus responsáveis para participarem do ato.

“Quero deixar enfatizado que não estamos correndo atrás só da nossa questão de direito, dos professores. A base maior é a questão de direito do aluno aprender com dignidade. Hoje, temos alunos de terceiro ano que não têm professores de matemática, de química, porque nossa profissão ficou tão desvalorizada que ninguém quer fazer prova para ser professor. Não tem professor para essas áreas. E, como um aluno sai do ensino médio para fazer um vestibular, uma faculdade, sem ter base de matemática, química ou física? Eu queria que os pais atentassem para essa situação, e viessem para a rua com seus filhos, para nos ajudarem nessa questão. Nossa reivindicação é por todos eles. Somos apenas parte disso. A maior parte das reivindicações é em prol dos alunos. O professor está com salários atrasados. Não só o professor, como todo funcionalismo”, complementou o professor.

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