Rapper fidelense Neto Potiguar lança seu primeiro clipe oficial

Lançamento do vídeo já abriu novas portas para Potiguar, que podem render bons frutos para ele e para o rap na cidade

A cada dia São Fidélis se destaca na revelação de talentos, seja no esporte, na música, na arte ou na escrita. Neste mês, um desses talentos fidelenses lançou seu primeiro clipe oficial, gravado em um dos pontos mais altos da cidade e com uma letra repleta de significados de sua luta pessoal.

O MC Neto Potiguar já é conhecido no município por seus trabalhos com a Roda Cultural. Seu primeiro clipe solo foi intitulado Valhalla. Em entrevista ao SF Notícias, o rapper falou sobre a escolha do nome e as oportunidades que surgiram com o lançamento do vídeo.

Valhalla

Fotos: Arquivo Pessoal

Neto conta que um dos motivos que levaram a música a ter esse nome é justamente por não ser um nome comum. “Eu acredito que existe dentro do ser humano uma força que atrai ele ao novo, então ouvir ou ver uma palavra incomum ativa essa força pra ele ir atrás pra descobrir o que é” – disse.

E o nome vem da mitologia nórdica ou viking, como explicou Potiguar: “Valhalla na história dos vikings era o salão dos mortos, desde criança eles eram instruídos a acreditar que ao morrerem em campo de batalha uma espécie de anjo chamada Valkiria iria levá-los até esse salão, onde repousariam para apenas lutar junto de seu Deus. Valhalla é um sonho, quando a gente tem um sonho, por mais louco que seja, a gente corre atrás até realizar. Perdemos o medo dos perigos por um sonho, assim como os guerreiros não tinham medo da morte pois sonhavam com valhalla”.

Período de produção e conteúdo da letra

“Foi muito intenso, pois foi um período no qual passei por muitas provações, nosso maior inimigo somos nós mesmos, a gente costuma botar muito a culpa nos outros, como forma de amenizar nossos fracassos e foi quando eu encontrei meu foco, me conheci como pessoa, me descobri como ser humano, então se tinha algum culpado esse culpado era eu! A letra se trata disso, sobre o quanto a gente suporta os perrengues da vida sem reclamar e mesmo quando a gente cai tem força pra levantar” – afirmou o MC, que escreveu a música em quase 10 dias.

Cenário, figurino e caracterização

No clipe, o rapper usa um roupão branco e metade de seu rosto está pintado como se fosse uma caveira. Cada detalhe tem um significado para compor o rap. “Estava afim de um cenário que chamasse atenção. Liguei pra um amigo pedi pra filmar o terraço da casa dele. Foi no alto da Chatuba próximo a quadra, casa do meu amigo Yohan” – contou.

O figurino e a maquiagem também foram ideia de Potiguar: “Eu quis uma roupa semelhante a de monge pra traduzir no vídeo a ideia de algo espiritual, pedi a Dona Joanna pra fazer a roupa às pressas e quanto a maquiagem pedi a Ana Beatriz Guimarães pra fazer metade do rosto de caveira pra incrementar no vídeo a ideia de que nosso maior inimigo somos nós mesmos, os dois lados da moeda, o bem e o mal” – disse.

Já a produção foi feita por outro amigo, o Felipe Inki, em seu estúdio. Lá, Neto também gravou uma música com participação de um MC de Campos, com o qual está fechando um clipe para fevereiro.

Novos horizontes

Após o vídeo, Neto recebeu um convite para ir passar um tempo no Rio, em um estúdio. Sua expectativa é gravar novas músicas e divulgar parte desse trabalho nas rodas culturais do Rio, além de também participar dos famosos duelos de MC’s. Para custear a viagem, eles está vendendo uma rifa no valor de R$ 2,00 valendo um boné.

“A ideia é essa, aproveitar ao máximo essa experiência pra poder ser produtiva pra matriz que é São Fidélis. Aqui assim como nome de Cidade Poema tem muito menor bom de rima, que merece ter oportunidade e vejo nisso um começo uma forma de daqui uns meses eles também estarem sonhando em desbravar novos mares com suas rimas” – finalizou.

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