São Fidélis e Itaocara viram cenários de filme sobre o Rio Paraíba do Sul

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Fotos: Vinnicius Cremonez

São Fidélis e Itaocara estão entre as cidades escolhidas para serem cenário de gravação de um longa-metragem que vai contar a história do Rio Paraíba do Sul.

O longo, intitulado “Paraíba do Sul, o filme”, vai mostrar a degradação, a poluição, o desenvolvimento econômico, a vida das pessoas que dependem ou que possuem uma forte ligação com o rio, discutir temas da atualidade, como a escassez hídrica e a cultura ribeirinha, além da situação do Paraíba em cada cidade ao longo dos seus 1.150km.

Segundo a produtora Keilla Chimite, da Bang Filmes, produtora responsável pelo longa, a equipe está percorrendo algumas cidades desde a nascente até a foz para contar a história de um rio tão importante, e de riquezas que só encontramos no nosso Paraíba. “Chegamos em São Fidélis com o rio mais cheio do que na última visita. A gente vê a felicidade das pessoas quando o rio está mais cheio, e a necessidade das pessoas que vivem do rio”.

paraiba do su, o filme4A produtora disse que a intenção é mostrar que a conscientização de tudo que acontece em uma cidade, no rio, é reflexo da outra. O que acontece nessa bacia, o rio recebe. “É triste. Você vê um rio tão importante pro desenvolvimento econômico do Brasil estar abandonado. É claro que não existe um rio mais importante ou menos importante, mas esse poderia contar a história do Brasil”.

As gravações começaram na festa de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e cuja imagem foi encontrada nas águas do rio, e vão continuar ao longo de 22 municípios escolhidos pela produtora, entre eles, São Fidélis, Itaocara e São João da Barra, que ficam em nossa região. A expectativa é que o documentário entre em exibição no segundo semestre de 2016.

“Vamos mostrar os problemas, a parte onde ele (rio) é bonito, onde ele é lindo, ali na nascente. O encontro do Rio Paraitinga com o Paraibuna, que formam o Paraíba do Sul. A gente vai mostrar que ali ele é limpo ainda. Depois passa pra parte que a gente chama de São Paulo fabril, que é Jacareí, São José dos Campos, Pindamonhangaba, que é onde ele sofre um ataque, a gente poderia chamar assim, da poluição, falta de tratamento de esgoto doméstico e industrial, jogados diretamente no rio.rio paraiba do sul, o fime 5 Tem alguns lugares que a gente chama de boas práticas, onde tem tratamento do esgoto doméstico. Todo mundo pensa nas fábricas, mas não são só as fábricas. Hoje elas ainda são obrigados a fazer um tratamento de esgoto. Agora, a população não é obrigada a fazer, então tem que ter essa consciência. O esgoto que ela joga da casa dela, vai refletir em todo rio, e prejudica as pessoas em algum momento, na cidade dela ou em outra cidade. É muita história, é muita vida, é muito peixe envolvido nisso tudo”.

O longo também vai falar sobre os problemas ambientais sofridos pelo rio, como o incidente de Cataguases e as represas ao longo de sus extensão. O Paraíba do Sul é responsável pelos abastecimento de 9,4 milhões de pessoas na Região Metropolitana do Rio, além de abastecer cidades nos estados de Minas Gerais e São Paulo.

rio paraiba do sul, o fime 9“As pessoas, em muita cidade, dependem do barco pra trabalhar se locomover, e na seca, muitos não conseguiam navegar. Quando a gente chegou aqui na parte da pesquisa, o barco não podia ir pra alguns lugares porque não dava pra navegar. Olha o absurdo que a gente chegou. Se a gente não tiver uma consciência, o que vai ser do rio pra frente? Se a gente começa a tomar as atitudes agora, começa cada um a pensar no seu esgoto, em cuidar do rio como se fosse parte da sua vida, da sua família, pode parar um pouco esse prejuízo todo”, conclui a produtora Keilla Chimite.

Em São Fidélis, o presidente da Colônia de Pescadores Z-21, foi um dos personagens do longa, assim como membros da família Vieira.

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