Um ano após lagar o emprego para ir em busca do sonho, Stronda é o destaque do Paduano

Até chegar aqui, Maurício passou por muitas dificuldades, e até pensou em desistir do futebol

Há um ano o SF Notícias contou a história de Maurício Magalhães Botelho, de 22 anos, o Maurício Stronda. Maurício saiu da Taquara, na Zona Oeste do Rio, em busca do sonho de ser jogador. Ele largou o emprego, onde ganhava aproximadamente R$ 3 mil, para abraçar a oportunidade dada pelo Paduano, mas as coisas não saíram como o planejado. Um ano depois, Maurício é o destaque do Paduano e artilheiro da Série C, com seis gols e cinco jogos disputados pelo “Trovão Azul”. Até chegar aqui, Maurício passou por muitas dificuldades, e até pensou em desistir do futebol.

“O sonho de ser jogador é como se fosse uma chama. Quando as coisas estão turbulentas, difíceis e você acha que não vai ter futuro e recurso para sobreviver, sua chama esfria um pouco, mas quando você vê que seu trabalho começa a ser reconhecido, que a fase boa chegou e que você começa a colher os frutos, essa chama arde, reacende forte”, disse Maurício.

Nesse um ano, Maurício passou por dificuldades financeiras e por problemas pessoais. A temporada passada do Paduano também não foi boa e Maurício voltou para o Rio de Janeiro. Em janeiro desse ano, ele recebeu uma ligação do treinador do  Paduano. “Pra minha surpresa o treinador me ligou dizendo que contava comigo, mas eu disse que só voltaria se tivesse dinheiro”. Após uma conversa com a família, Maurício decidiu voltar e, hoje, é o destaque da equipe, que busca pelo acesso.

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Maurício se inspirou em sua mãe, Vânia Magalhães Botelho, que também sonhava em ser jogadora. Ela teve a chance de jogar no Esporte Clube Radar, um dos pioneiros na formação de uma equipe feminina de futebol, lutando contra o preconceito de uma época em que as mulheres eram apenas esposas e donas de casa. Hoje é o seu filho que brilha em um mundo onde muitos não conseguem prosseguir. Após tantas dificuldades, Stronda espera por dias melhores e se sente feliz ao representar Pádua.

“Eu espero que o nosso objetivo principal, que é o acesso, seja alcançado. Estamos trabalhando forte para isso. O elenco está bem unido, a comissão técnica vem fazendo um excelente trabalho junto com a administração do nosso Presidente, com apoio da nossa torcida, o que a gente mais quer é o acesso, aí conquistando o acesso a gente pensa no título, conquistando o título a gente pensa nos objetivos individuais que é ter a melhor defesa, melhor ataque, artilheiro do campeonato, só assim a gente vai chegar no nosso objetivo principal. Eu sinto uma alegria enorme ao representar Santo Antônio de Pádua. Trabalhei muito, muito pra esse dia chegar. Espero que com apoio da torcida e meus companheiros eu possa ser o artilheiro da competição”.

Antes de chegar ao Paduano, Maurício passou pelo Bangu, Corumbaense de Mato Grosso do Sul, Esporte Clube Marinho, Flamengo, Madureira, São Cristóvão e Villa Rio. Maurício lembra que embora o clube leve o nome da cidade, o Paduano não conta com apoio da Prefeitura, apenas de colaboradores, torcedores e empresários. “É um time que leva o nome da cidade por onde passa, ainda mais pela campanha que está fazendo, e a gente não recebe nenhum recurso da prefeitura”.

Campanha do Paduano

Se no ano passado a temporada não foi boa para o Paduano, esse ano as coisas estão bem diferentes. Em seis jogos da Série C foram cinco vitórias e um empate. A equipe marcou 20 gols e sofreu apenas três. O melhor ataque, a melhor defesa e o artilheiro do campeonato até o momento.

Há um ano como treinador do Paduano, Bruno Pereira tem números impressionantes. Em 14 jogos foram dez vitórias, duas derrotas e apenas dois empates. Foram 31 gols marcados e apenas 11 sofridos.

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