Unidade de conservação mais antiga do estado, Parque do Desengano comemora 47 anos

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Fotos: Vinnicius Cremonez

Criado em 1970, o Parque Estadual do Desengano (PED) comemora hoje, seus 47 anos. O parque é a unidade de conservação estadual mais antiga do Estado do Rio de Janeiro e se destaca, entre outros aspectos, por ser o último remanescente florestal de grande extensão na região Norte desengano-11Fluminense. Com uma área de, aproximadamente, 22.400 hectares, o parque abrange os municípios de Campos dos Goytacazes, São Fidélis e Santa Maria Madalena.

Para manter esse local rico de nosso ecossistema e de natureza exuberante preservado, o Parque do Desengano conta atualmente, com 15 integrantes, entre guarda-parques, coordenador de campo, chefe e subchefe do parque, além de 28 policiais da Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm). Entre as principais atividades desenvolvidas no Parque do Desengano destacam-se a proteção à natureza, a realização de pesquisas científicas e o uso público.

De acordo com Carlos Dário, Gestor do Parque, ações de fiscalização são empreendidas rotineiramente em toda a área abrangida pela unidade de conservação. Seja por meio de estradas de terra ou trilhas em meio à mata, o efetivo do PED, em parceria com a UPAm, percorre o território do parque, buscando combater a caça, desmatamento, uso indevido do fogo, entre outras atividades ilegais.

O Parque Estadual do Desengano possui diversas trilhas abertas à visitação, além de cachoeiras, picos e outros atrativos naturais. Ainda segundo Carlos, a equipe  realiza o monitoramento destes atrativos, sobretudo nos períodos de alta procura, visando fornecer orientações aos visitantes sobre conduta consciente e coibir a realização de ilícitos. Em 2016, a equipe do parque está realizando um trabalho intenso de manejo e sinalização das trilhas existentes na área do parque e entorno, visando melhorar as condições de acesso e incrementar a visitação.

parque estadual do desengano 8Das 283 espécies de avifauna encontradas nos campos de altitude, 22 são endêmicas e ocorrem em populações reduzidas. Desde 1985, têm sido encontradas na região cerca de 493 espécies, o que evidencia a sua alta biodiversidade. Muitas delas estão ameaçadas de extinção, como jacutinga, macuco, gavião-pombo, gavião-parque estadual do desengano 3pato, e outras como jacu, inhambu, araponga, gavião-pega-macaco e papagaio-chauá só remanescem nas áreas protegidas.

A sede da unidade fica em Santa Maria Madalena, e possui alojamentos para apoio às atividades de pesquisa científica e conta, ainda, com centro de visitantes e auditório para realização de palestras, seminários e outros eventos.
Outra atividade incorporada à agenda do parque são as visitas escolares, que ocorrem durante todo o ano e contemplam estudantes de várias regiões do Estado do Rio de Janeiro.

Assim como o Muriqui do Sul, uma espécie de primata endêmico da Mata Atlântica brasileira e símbolo do Parque do Desengano, a Onça-Parda também usa a unidade como seu reduto.

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