Médicos sugerem aborto, mas família de Itaocara mantém a fé e bebê sobrevive

Maria Eduarda nasceu com os órgãos para fora do corpo e ficou sete dias em coma
Maria Eduarda com os pais. Fotos: Arquivo pessoal

Ainda no começo da gestação, os médicos disseram à Betânia e seu marido João Fábio que a filha deles teria uma má-formação e que eles poderiam fazer um aborto. Mas, o casal morador de Itaocara manteve a fé e não desistiu. Hoje eles seguram nos braços seu milagre, a pequena Maria Eduarda.

A menina nasceu com onfalocele, uma má-formação na parede abdominal em que os órgãos ficam para fora do abdômen em uma espécie de bolsa transparente. “Ela foi desenganada pelos médicos e no começo da gestação foi nos passado que ela seria um feto deformado e que eu tinha o direito de tirar. Mas, eu não podia tirar uma vida, fazer um aborto, porque nós servimos a Deus. E essa criança ela foi sendo gerada dentro da esperança que é Jesus” – contou João Fábio.

A esposa de João também apresentou complicações durante a gestação. “Foi descoberta uma má-formação que se chama placenta prévia, a placenta colada no útero e ela teve que tirar o útero junto com a criança. Ela fez duas cirurgias e a nossa filha nasceu” – relata o marido de Betânia, que é portador de uma deficiência física e precisa de muletas para andar. 

Apesar de todas as dificuldades, Maria Eduarda nasceu e ficou aproximadamente uma semana em coma. “As pessoas pensavam que ela ia morrer, mas eu tinha colocado ela no altar do senhor e sempre falando com Deus, que Deus ia dar essa vitória”.

O nome da menina é uma homenagem a mãe de Jesus e a um amigo da família, como conta o pai: “Maria é a mãe de Jesus, tenho um amor muito grande pela história dela, apesar de ser evangélico tenho um respeito muito grande e acho que muitos evangélicos tinham que respeitar mais a história da mãe de Jesus. E Eduardo é um amigo que nos ajuda muito, então coloquei Eduarda”.

Hoje, João Fábio, a esposa Betânia e as filhas Maria Eduarda e Sara, estão em um hotel no Rio. De acordo com João, eles estão vivendo com doações há praticamente quatro meses. No dia 18 eles devem retornar a Itaocara, após alguns exames que Maria e a mãe precisam fazer.

Mesmo voltando para a cidade natal, o tratamento de Maria Eduarda, que inclui fisioterapia e fonoaudióloga, continuará. “O tratamento é normal para uma criança que passa por isso, mas ela tá bem, tá perfeita, não tem nada. Ela é uma benção na vida da gente” – disse o pai da pequena.

A história de superação, esperança e fé da família viralizou nas redes sociais. Um dos vídeos – em que João relata o que sua família passou – tem quase 900 mil visualizações e mais de 10 mil compartilhamentos.

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